26 de novembro de 2009

Moulin Rouge . Grands battements . Nosso Orpheu .

Não vamos falar de Can Cans, nem de grands battements, babados e calçolas nesse ano francês brasileiro que está terminando. Mas sim daqueles homens elegantes e boemios que frequentavam o Moulin Rouge, no final do século XIX . Época de grande fartura, tanto economica como cultural. Grandes escritores, pintores, retratistas e assim vamos com toda a gama da inteligencia e genialidade.
Um ritmo de vida frenético. Mulheres mostrando as pernas, homens que apreciavam o absinto, sofredores de amores e de apostas.
O vestuario começa a perder a sua rigidez .
Muitos, como Toulouse Lautrec, já deixavam o fraque de lado e usavam o veston, paleto longo. Trocou o chapeau haut de forme (cartola) por melon (coco). Os plastrons (gravatas ) continuaram.

Abaixo : O pintor Toulouse Lautrec de veston, melon e plastron.

Abaixo: Litografia de Toulouse Lautrec com o cavalheiro usando chapeu haut de forme.
Poetas usavam gilets clairs (coletes). Uma moda mais de sentimentos, despojamento, sensualidade.
Voltemos ao Moulin Rouge, agora o filme, do diretor Baz Luhrman. Colorido, incessante. Inspirado na Bohème, de Pucini ; na Traviata, de Verdi e no Orpheu, de Offenbach . Feérico. O amor inatingivel. Poesias ao vento.
Século XXI. Evento de final de ano. Fotos para o cliente aprovar. Serão dez Can Cans e três Orpheus, se assim podemos os chamar. Mas o pano muda depois das fotos do nosso Orpheu. Evento fechado com cinco homens e uma Can Can... Demoramos a entender, mas para variar, depois demos boas risadas....

Abaixo fotos de nosso "Orpheu " Henrique Werneck, com indumetarias do seculo XIX

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